segunda-feira, 22 de março de 2010

Luto


Luto


E o que é a morte até se sentir

Senão dor

E o que é a dor até se sentir

Se não imaginária

Lágrima, agonia, torpor.

Memória lendária.

E a solidão e a ausência se tornam quimeras

E as lembranças são conforto,

Apesar de as aflições não atenuarem.

Ah, quem dera

Que cessasse o tormento

Mas talvez isso significasse esquecimento.

E imemorar-te é impossível!

Não amar-te é inconcebível!

Não admirar-te, imponderável!

Não sentir sua ausência, impensável!

E é por isso que estou de luto.

Porque meu coração está em profundo sofrimento.

E é o que a tua carência me faz.

É o que a ausência da tua presença traz.

E o luto irá continuar.

Uma parte de mim para sempre permanecerá.

Mas o amor da mesma forma persiste.

Porque, apesar da separação, a ligação contigo é permanente.

Não vou esquecer,

Apesar do não ver.

Vou sempre pensar,

Apesar de isso me fazer chorar.

Vou para sempre te amar,

Porque sua natureza me conquistou.

De luto estou,

Pois uma parte de mim jamais vai voltar;

Ela foi contigo.

E o luto, apesar de dor,

É alívio

É minha homenagem silenciosa

É meu monumento invisível

É laço de união imperecível.



Dedicado à Angélica Maria Pereira Gonçalves de Andrade,

Minha amada cunhada.

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