É o mesmo sinal
E é o mesmo sinal a tocar novamente
Enquanto o meu corpo sofre
a minha mente mente
Enquanto minha mente delira
meu corpo se faz ausente
E é o mesmo sinal a tocar novamente
Enquanto nuvens chuvosas preenchem o meu céu completamente
cerro meus olhos no escuro
Enquanto cerro meus olhos não durmo
e as nuvens lacrimejam por mim, do céu negro escorre carmim
E é o mesmo sinal a tocar novamente
Enquanto o sino não soa e a ficha não cai,
a única percepção é que não há com quem brincar, não há com quem chorar
Enquanto ainda me sinto dormente,
a única percepção é que não há respiração, não há som, não há visão, não há batimento de [coração
E é o mesmo sinal a tocar novamente
Enquanto me encerro e escondo para não parecer doente,
sorrio e não acredito
Enquanto me perco em delírios, ilusão e quimeras,
espero por despertar disto que só pode ser um sonho
E é o mesmo sinal a tocar novamente
Enquanto roubada e violada
sinto-me doída, e a dor me faz tristemente inspirada
Enquanto estou quebrada e atormentada
não desejo ser consertada, amenizada, consolada...
E é o mesmo sinal a tocar novamente
E o sino que soa é a morte
Soem sinos, soem
Levem de mim a esperança e a sorte,
levem de mim o fascínio e os fortes.
Dedicado aos tão queridos que perdi.
À Angélica e também ao Ted, minha mais recente perda
Minha mais recente dor e tristeza.
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