Domingo de manhã – 17/05/2009
É domingo de manhã. Angélica nos deixa.
Domingo, hora do café, meio da manhã.
Domingo, dia geralmente tranquilo, pacífico.
Serena Angélica desperta.
Uma dor aguda, instalada em seu ventre e costas,
Mas não era preocupante, acontecia.
Inteligente, bonita e doce assim ela era.
Até que recebeu o súbito chamado.
Angélica, matemática, professora e amada, aconteceu-lhe isto:
Deus é quem vai ensiná-la
E mostrar-lhe face a face
O amor imensurável do Inexprimível.
Angélica parte na manhã de domingo,
Transportada – e meus olhos precários se ofuscaram
Devido às lágrimas, não vi –
Transportada por teoremas de anjos da cor e porte
Dos seus olhos e sonhos.
A dor a abandonou para ceder o espaço
À esperança e conforto eternos.
Angélica se foi e tão cedo chegou à porta de Deus.
Não vi, mas facilmente imagino
Seu esplendido sorriso,
Respondendo nesse domingo de manhã
Ao sorriso de Deus.
Dedicado à Angélica Maria Pereira Gonçalves de Andrade,
Minha amada cunhada.
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