segunda-feira, 22 de março de 2010

Domingo de manhã – 17/05/2009


Domingo de manhã – 17/05/2009


É domingo de manhã. Angélica nos deixa.

Domingo, hora do café, meio da manhã.

Domingo, dia geralmente tranquilo, pacífico.

Serena Angélica desperta.

Uma dor aguda, instalada em seu ventre e costas,

Mas não era preocupante, acontecia.

Inteligente, bonita e doce assim ela era.

Até que recebeu o súbito chamado.

Angélica, matemática, professora e amada, aconteceu-lhe isto:

Deus é quem vai ensiná-la

E mostrar-lhe face a face

O amor imensurável do Inexprimível.

Angélica parte na manhã de domingo,

Transportada – e meus olhos precários se ofuscaram

Devido às lágrimas, não vi –

Transportada por teoremas de anjos da cor e porte

Dos seus olhos e sonhos.

A dor a abandonou para ceder o espaço

À esperança e conforto eternos.

Angélica se foi e tão cedo chegou à porta de Deus.

Não vi, mas facilmente imagino

Seu esplendido sorriso,

Respondendo nesse domingo de manhã

Ao sorriso de Deus.



Dedicado à Angélica Maria Pereira Gonçalves de Andrade,

Minha amada cunhada.

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