Pelo que vivo. Pelo que morro. O que ignoro. O que queria...
Tudo pelo que vivo:
Luz de sol,
Gotas de orvalho,
Olhar sincero,
Beijo de lábios,
Abraço acalentador,
Desapego exterior...
Tudo pelo que morro:
Ímpeto de apatia,
Letargia,
Fantasmas internos,
Medos infantis,
Olhares dispersos,
Alma sombria e abatida,
Dor em demasia...
Alucinação,
Monstros e quimeras,
Abertura tardia de básculos,
Solidão,
Agonia,
Trevas,
Ausências...
Tudo o que não posso ignorar solitária:
Medo,
Dor,
Lágrima,
Lástima,
Torpor,
Pesadelos,
Solidão,
Desamor,
Falta de diálogo,
Delírios,
Sordidez de atos,
Martírios...
E é apenas o início do crepúsculo,
Apenas o início da separação:
Morte Vida,
Guerra Paz,
Mentira Verdade,
Ódio Amor,
Tristeza Felicidade,
Fantasia Realidade,
Real Utopia.
Mas a compreensão vem da queda,
Do ruir, da morte, do nada, da loucura...
Após a compreensão,
Após juntar de pensamento e informação,
Surge a tentativa de melhora.
Mas não posso me manter de fora,
Fugir à parte,
Melhorar a mim.
Tudo pelo que vivo:
Luz de sol,
Gotas de orvalho,
Olhar sincero,
Beijo de lábios,
Abraço acalentador,
Desapego exterior...
Tudo pelo que morro:
Ímpeto de apatia,
Letargia,
Fantasmas internos,
Medos infantis,
Olhares dispersos,
Alma sombria e abatida,
Dor em demasia...
Alucinação,
Monstros e quimeras,
Abertura tardia de básculos,
Solidão,
Agonia,
Trevas,
Ausências...
Tudo o que não posso ignorar solitária:
Medo,
Dor,
Lágrima,
Lástima,
Torpor,
Pesadelos,
Solidão,
Desamor,
Falta de diálogo,
Delírios,
Sordidez de atos,
Martírios...
Tudo o que queria:
Paz,
Amor,
Felicidade,
Tranqüilidade...
Embora almejasse mais, muito mais.
Não consigo fugir,
Me desapegar,
Deixar que tudo vá...
Fantasmas ainda lucram comigo
Porque a porta ainda está aberta.
Sagrado é o sonhar,
Apesar do perpétuo sonho ainda atormentar.
Por favor,
Retire meus medos obscuros,
Jogue-os, leve-os para bem longe.
Entoe canções de ninar,
Dê-me razões, mesmo que incertas,
Mostre-me que ainda vivo,
Que ainda sinto,
Que já não morro...
Mostre-me, mesmo que por meio de minhas obsessões,
O caminho, a lição, a luz
Para encontrar a mim mesma.
Pois assim não estarei perdida.
Mas por favor,
Por favor...
Fique e guie-me,
Refugie-me,
Salve-me,
Alerte-me que já é o fim...
Mas não me deixe findar...
Tudo pelo que vivo:
Luz de sol,
Gotas de orvalho,
Olhar sincero,
Beijo de lábios,
Abraço acalentador,
Desapego exterior...
Tudo pelo que morro:
Ímpeto de apatia,
Letargia,
Fantasmas internos,
Medos infantis,
Olhares dispersos,
Alma sombria e abatida,
Dor em demasia...
Alucinação,
Monstros e quimeras,
Abertura tardia de básculos,
Solidão,
Agonia,
Trevas,
Ausências...
Tudo o que não posso ignorar solitária:
Medo,
Dor,
Lágrima,
Lástima,
Torpor,
Pesadelos,
Solidão,
Desamor,
Falta de diálogo,
Delírios,
Sordidez de atos,
Martírios...
Tudo o que queria:
Paz,
Amor,
Felicidade,
Tranqüilidade...
Embora almejasse mais, muito mais.
Não consigo fugir,
Me desapegar,
Deixar que tudo vá...
Fantasmas ainda lucram comigo
Porque a porta ainda está aberta.
Sonhava em mudar o mundo,
Em me mudar,
Em ser notada,
Em ser a única...
Mas percebi que já não é possível
E nunca o foi...
Poderia ter corrido para sempre
A fim de fugir do pesar da descoberta.
Mas de que adiantaria?
De que adiantaria fugir
Se continuaria de luto pelo meu amor,
Pela minha dor,
Pelo meu torpor,
Pelo recém-criado e perpetrado vazio interior...?
Tudo pelo que vivo:
Luz de sol,
Gotas de orvalho,
Olhar sincero,
Beijo de lábios,
Abraço acalentador,
Desapego exterior...
Tudo pelo que morro:
Ímpeto de apatia,
Letargia,
Fantasmas internos,
Medos infantis,
Olhares dispersos,
Alma sombria e abatida,
Dor em demasia...
Alucinação,
Monstros e quimeras,
Abertura tardia de básculos,
Solidão,
Agonia,
Trevas,
Ausências...
Tudo o que não posso ignorar solitária:
Medo,
Dor,
Lágrima,
Lástima,
Torpor,
Pesadelos,
Solidão,
Desamor,
Falta de diálogo,
Delírios,
Sordidez de atos,
Martírios...
Tudo o que queria:
Paz,
Amor,
Felicidade,
Tranqüilidade...
Embora almejasse mais, muito mais.
Não consigo fugir,
Me desapegar,
Deixar que tudo vá...
Fantasmas ainda lucram comigo
Porque a porta ainda está aberta.
Por que dói tanto sentir?
Deveria mesmo passar por tudo isso?
Deveria mesmo sofrer tudo isso?
Deveria trancar a porta aberta?
Deveria mesmo trancar a minha última porta aberta?
Porque o dia em que o fizer será para sempre.
E se o fizer nada mais virá,
Nada mais surgirá,
Nada mais demonstrado será,
Nada mais...
Já que tudo trancado estará...
Por que fantasmas lucram comigo?
Se já não atento o ouvido,
Se já perdi meu espírito,
Se já não há qualquer alívio,
Se o tormento é velado martírio,
Se depois de tanta dor
Já não sinto,
Se o coração já não bate,
Se já não há escape,
Se mais eu morro,
Se mais eu sofro...
E após tudo...
Após tudo
Mais eu sinto.
Mais me perco.
Mais eu morro.
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